Foram mais de 300 mm de chuvas acumuladas em menos de 24 horas no Rio Grande do Sul. O suficiente para deixar oito mortos, 11 feridos e 19.110 pessoas afetadas. Dessas, 1.145 estão em abrigos e 1.431 desalojadas, de acordo com atualização feita às 9h desta quarta-feira (1º/5).
Ainda há 21 pessoas desaparecidas nas cidades de Candelária (8), Encantado (6), Roca Sales (4), Salvador do Sul (1) e São Vendelino (2). No total, 104 municípios foram afetados pelas fortes precipitações no estado.
As mortes ocorreram em: Paverama (2), Pantano Grande (1), Itaara (1), Encantado (1), Salvador do Sul (1), Segredo (1) e Santa Maria (1). De acordo com atualização mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, as vítimas são:
Paverama: dois homens de 69 e 65 anos. Eles eram ocupantes de um veículo que tentava atravessar área alagada.
Pantano Grande: um homem de 59 anos. Ele morreu após sofrer descarga elétrica.
Itaara: uma mulher de 48 anos. Ainda não há informações sobre a circunstância da morte.
Encantado: uma mulher de 45 anos. Ainda não há informações sobre a circunstância da morte.
Salvador do Sul: um homem de 47 anos. Ele morreu devido a deslizamento de terra.
Segredo: um homem de 62 anos. Ele era ocupante de um veículo que tentava atravessar área alagada.
Santa Maria: uma idosa de 85 anos. Ela morreu devido a deslizamento de terra.
Tempestades não darão trégua
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as tempestades não darão trégua. Especificamente “na ampla faixa central dos vales, encosta da serra e metropolitana”.
“Entre esta quarta (1º/5) e a quinta-feira (2/5), uma ampla área de baixa pressão atmosférica deve favorecer a formação de novas áreas de instabilidade, juntamente com a formação e deslocamento de uma frente fria”, afirma o órgão.
Na quinta, esses pontos de instabilidade devem seguir também para Santa Catarina e Paraná (sul e oeste do estado). Isso vai trazer temporais, inclusive de forte intensidade.
O Inmet aponta grandes chances de “ventos fortes com rajadas acima dos 80 km/h, ocorrência de descargas elétricas, queda de granizo e chuvas ainda volumosas, que podem superar os 200 mm entre o Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina”.
O norte do Rio Grande do Sul, o estado de Santa Catarina e o sul do Paraná também sofreram com queda de temperaturas, após o deslocamento da frente fria mais para o norte. Todos esses fenômenos têm influência do El Niño.
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