A disputa política entre representantes da esquerda e da direita ganhou mais um capítulo após declarações do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), que acusou o Partido dos Trabalhadores (PT) de ser responsável pela corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em resposta, o ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) rebateu as acusações nas redes sociais, classificando a fala como oportunista e desonesta. Os dois políticos são cotados para disputar as eleições para o Senado em 2026.
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.
Segundo Alberto Neto, os desvios e irregularidades no órgão previdenciário seriam consequência de práticas antigas herdadas de gestões petistas. Já Marcelo Ramos argumenta que a corrupção no INSS é um problema estrutural, que atravessa diferentes governos, e que o atual governo tem atuado para investigar e combater esses crimes. Ramos ainda lembrou que figuras ligadas ao PL e ao bolsonarismo também estão sendo investigadas por esquemas fraudulentos dentro do instituto.