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Lula ameaça taxar EUA se Trump tarifar o Brasil

FOTO: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que o Brasil adotará medidas de reciprocidade caso os Estados Unidos decidam impor tarifas sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita em meio a uma tensão diplomática envolvendo os EUA e a Colômbia, que recentemente chegou a um impasse sobre a deportação de imigrantes.

“Se ele [o governo dos EUA] taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil em taxar os produtos que são importados dos EUA”, declarou Lula, ressaltando a necessidade de equilíbrio nas relações comerciais entre os países.

O impasse entre os EUA e a Colômbia começou quando o governo colombiano se recusou a aceitar deportados enviados pelos norte-americanos. Em resposta, o ex-presidente dos EUA Donald Trump ameaçou impor tarifas de 25% sobre produtos colombianos. Após a Colômbia ceder e aceitar os voos de deportação, a Casa Branca anunciou a suspensão das tarifas e sanções que estavam previstas.

Lula aproveitou a ocasião para reforçar a importância do respeito mútuo entre as nações. “Ele só tem que respeitar a soberania dos outros países. Ele foi eleito para governar os EUA. Outros presidentes foram eleitos para governar outros países”, afirmou o presidente brasileiro, destacando a necessidade de diálogo e cooperação internacional.

A declaração de Lula reflete uma postura firme em defesa dos interesses comerciais do Brasil, ao mesmo tempo em que reforça a importância da soberania e do respeito nas relações diplomáticas. O posicionamento ocorre em um momento de crescente atenção às políticas comerciais globais, especialmente diante de possíveis medidas protecionistas por parte de grandes economias, como os Estados Unidos.

A situação também evidencia os desafios enfrentados por países da América Latina em suas relações com os EUA, especialmente em temas sensíveis como imigração e comércio exterior. O caso colombiano serve como um exemplo recente de como tensões diplomáticas podem impactar diretamente as relações econômicas entre nações.

Enquanto isso, o governo brasileiro sinaliza que não hesitará em adotar medidas de retaliação caso seja necessário, mantendo uma postura de defesa ativa de seus interesses nacionais no cenário internacional.

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