Um dos eventos mais significativos no calendário cultural da região Norte, o Festival da Cunhã retorna a Manaus com força renovada e uma programação marcada pela diversidade e pelo protagonismo das mulheres amazônidas. Nesta edição, duas figuras de projeção nacional se unem à celebração: a pesquisadora e comunicadora Nátaly Neri e a jornalista, escritora e humorista Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má.
Com foco na escuta ativa e na valorização dos saberes locais, o Festival da Cunhã se consolida como um espaço de resistência e construção coletiva. Para além de apresentações artísticas e rodas de conversa, o evento se propõe como um território de encontro entre culturas, lutas e visões de mundo.
“Estar na Amazônia, ao lado de uma cultura tão potente, é uma oportunidade de troca e escuta que me emociona. O Festival da Cunhã é um coletivo por visibilidade, dignidade e futuro”, afirma Nátaly Neri, que vem se destacando no cenário nacional pela produção de conteúdo voltado à justiça social, feminismo negro e sustentabilidade.
Maíra Azevedo, cuja trajetória é marcada pela articulação entre humor e crítica social, também celebra a iniciativa: “A potência do Festival da Cunhã está em reunir saberes e vivências que muitas vezes ficam à margem dos grandes centros. É sobre reconhecer que a Amazônia também pensa, sente e propõe caminhos para o Brasil.”
O evento ocorre em um momento em que os debates sobre representatividade, clima e identidade cultural ganham cada vez mais espaço no debate público. Neste contexto, o Festival da Cunhã atua como um ponto de convergência para narrativas que emergem das margens e se projetam para o centro, com a força de quem historicamente constrói, resiste e transforma.
A presença de Nátaly e Maíra reforça o compromisso do festival com o diálogo interseccional, promovendo pontes entre diferentes territórios do país. A expectativa é que a programação traga ainda mais visibilidade às iniciativas locais e incentive novas conexões entre mulheres que constroem saberes em suas comunidades.
O Festival da Cunhã segue aberto ao público, com atividades distribuídas por diversos espaços da cidade, e promete, mais uma vez, deixar sua marca no cenário cultural de Manaus — como um evento que escuta, propõe e ecoa vozes femininas amazônidas em todo o Brasil.