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Autoridades tentam salvar motorista de caminhão engolido por cratera no Japão

FOTO: Divulgação

Japão- Autoridades do Japão estão há três dias tentando resgatar o motorista de um caminhão que caiu em uma cratera gigante na cidade de Yashio, a nordeste de Tóquio, no Japão, na terça-feira (28). A instabilidade do local tem dificultado as operações.

O que aconteceu?
Um sumidouro se abriu em um cruzamento de Yashio e engoliu um caminhão na manhã de terça-feira. Inicialmente, o buraco tinha cerca de 10 metros de largura e cinco de profundidade. Desde então, no entanto, a cratera se expandiu ainda mais e alcançou o dobro de tamanho devido a novos desmoronamentos, segundo a agência de notícias AP.

Como está o motorista?
O motorista, um homem de 74 anos, permanece preso na cabine do caminhão. No início, ele conseguia se comunicar com os socorristas, mas desde a tarde de terça-feira não responde mais aos chamados, de acordo com o jornal japonês The Asahi Shimbun.

Bombeiros relataram à imprensa local que o lado do motorista do veículo está soterrado por terra, areia e detritos, o que tem dificultado sua localização e retirada.

O que é um sumidouro?
Um sumidouro é um grande buraco que se abre repentinamente no solo devido ao colapso de sua estrutura subterrânea. Isso pode ocorrer por causas naturais, como erosão de rochas calcárias pela água, ou por falhas na infraestrutura urbana, como vazamentos em sistemas de esgoto que corroem o solo

O que causou o sumidouro?
Especialistas acreditam que o sumidouro foi causado pela corrosão de um cano de esgoto subterrâneo, possivelmente devido ao contato constante com ácido forte. Essa corrosão pode ter criado uma brecha no cano, provocando o colapso do solo acima e formando um grande buraco.

Nenhum problema havia sido identificado na última inspeção, realizada dentro do intervalo padrão de cinco anos, segundo a AP. Como resultado, a água de esgoto vazando do cano danificado também representa risco de inundação na área.

Por que o resgate está demorando tanto?
O solo instável e o risco de novos desmoronamentos têm dificultado o resgate. Durante tentativas anteriores de remoção do caminhão, guindastes conseguiram retirar apenas a plataforma de carga, deixando a cabine soterrada.

Além disso, a infiltração de água aumentou o tamanho do buraco e tornou a operação ainda mais perigosa.

Os bombeiros retomaram as buscas nesta quinta-feira (30) e planejam construir uma rampa para acesso de máquinas pesadas ao local, facilitando a remoção dos destroços.

Mas os riscos de novos desmoronamentos continuam altos: na madrugada de quarta (29), um segundo buraco se abriu na região. Horas depois, a estrada entre as duas crateras colapsou, formando um único buraco ainda maior, segundo o The Asahi Shimbun.

O que está sendo feito para minimizar os danos?
Para reduzir o fluxo de água para a área do sumidouro, o governo da província de Saitama, província onde está localizada Yashio, realizou uma descarga emergencial de esgoto em um rio na noite de quarta-feira.

A medida procura evitar transbordamentos que poderiam piorar a situação. O rio onde o esgoto foi despejado não é usado para abastecimento de água, segundo as autoridades.

Além disso, o governo da província solicitou a cerca de 1,2 milhão de habitantes em 12 cidades e vilas da região que reduzam o uso de água para atividades como banho e lavagem de roupas, aliviando a pressão sobre o sistema de esgoto local.

O que vem depois?
Após o resgate do motorista, engenheiros e especialistas entrarão no buraco para avaliar os danos no sistema de esgoto e determinar as medidas necessárias para a recuperação da infraestrutura.

Diante do incidente, o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte do Japão ordenou uma inspeção nacional dos sistemas de esgoto para evitar novos desastres.

A infraestrutura pública do Japão enfrenta desafios devido ao envelhecimento, segundo a AP. Muitos sistemas essenciais foram construídos entre as décadas de 1960 e 1970, durante o período de rápido crescimento econômico do país.

O cano de esgoto em Yashio, por exemplo, tem cerca de 40 anos, o que levanta preocupações sobre a necessidade de renovação e manutenção preventiva em larga escala.

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