Pelo terceiro dia consecutivo, a interdição no acesso à BR-319, na altura da Ponte do Rio Curuçá, segue impactando a vida de motoristas, caminhoneiros, passageiros de ônibus e pedestres. O trecho, que cedeu no sábado (31), é um acesso provisório construído após o colapso da ponte original em setembro de 2022, e continua gerando longas filas e transtornos a quem precisa deixar Manaus rumo aos municípios vizinhos ou demais estados do país.
A BR-319 é a única ligação terrestre entre o Amazonas e o restante do Brasil. Com o rompimento do acesso, centenas de veículos estão parados no entorno da via, e a travessia entre as margens só tem sido possível por meio de embarcações improvisadas. Barqueiros da região, aproveitando a situação, estão realizando a travessia de passageiros do trecho da ponte até o outro lado, no rio Autaz-Mirim, no km 24,60 da rodovia, e
Do outro lado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalha em ritmo acelerado nas obras emergenciais para tentar restabelecer o tráfego no local. Máquinas atuam na aplicação de rachão — rochas usadas para reforçar a base da pista — nos acessos à ponte, com o objetivo de permitir a passagem segura, inclusive de veículos pesados. No entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que ainda não há previsão para a liberação total da via.
A atual estrutura afetada era provisória, montada após o colapso da ponte antiga em 2022. Na época, o Dnit iniciou a construção de uma nova ponte sobre o Rio Curuçá, cuja obra, segundo o órgão, está 75% concluída e tem entrega prometida para setembro deste ano. Enquanto isso, motoristas e passageiros enfrentam a incerteza de quando poderão seguir viagem sem depender de improvisos.
A situação escancara a fragilidade da infraestrutura rodoviária no Amazonas e os impactos diretos que a falta de planejamento e investimentos contínuos causam na mobilidade e economia da região.
Fonte: AM POST.