O número de municípios em situação de emergência no Amazonas devido à cheia dos rios subiu para 23, segundo o Painel de Monitoramento Hidrometeorológico da Defesa Civil do Estado, atualizado nesta terça-feira (20).
Mais de 221 mil pessoas são afetadas diariamente, enfrentando dificuldades de locomoção, perdas na produção rural e inundações em suas casas.
Historicamente, a cheia na região começa na segunda quinzena de outubro, com o fim da seca, que em 2024 registrou níveis recordes no estado.
A previsão é que o cenário se mantenha. Segundo o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, as nove calhas dos rios amazonenses devem permanecer em cheia até, pelo menos, junho.
Na última atualização, três municípios foram reclassificados do estado de alerta para emergência: Careiro da Várzea, às margens do rio Solimões; Maraã, no rio Japurá; e Anamã, banhado pelo rio Amazonas.
Confira a lista dos 23 municípios que estão em situação de emergência:
- Humaitá – Rio Madeira
- Apuí – Rio Madeira
- Manicoré – Rio Madeira
- Boca do Acre – Rio Purus
- Guajará – Rio Juruá
- Ipixuna – Rio Juruá
- Novo Aripuanã – Rio Madeira
- Benjamin Constant – Rio Solimões
- Borba – Rio Madeira
- Tonantins – Rio Amazonas
- Itamarati – Rio Juruá
- Eirunepé – Rio Juruá
- Atalaia do Norte – Rio Solimões
- Careiro – Rio Solimões
- Santo Antônio do Içá – Rio Solimões
- Amaturá – Rio Solimões
- Juruá – Rio Solimões
- Japurá – Rio Amazonas
- São Paulo de Olivença – Rio Solimões
- Jutaí – Rio Jutaí
- Careiro da Várzea – Rio Solimões
- Maraã – Rio Japurá
- Anamã – Rio Amazonas
Além dos municípios em emergência:
- Três estão em estado de atenção;
- 34 em alerta;
- e dois em normalidade.
🌧️ Segundo o meteorologista e pesquisador Leonardo Vergasta, dois fenômenos explicam o aumento no volume dos rios em comparação a 2024:
- O Inverno Amazônico, que traz chuvas acima da média para a Região Norte e deve durar até o fim de maio.
- O La Niña, que chegou ao fim em abril, mas deixou consequências.