A votação do projeto que prevê a criação de novas vagas na Câmara dos Deputados expôs a divisão interna da bancada do Amazonas em Brasília. O painel de votações da Casa Legislativa mostra diferentes posicionamentos entre os oito parlamentares amazonenses — com votos favoráveis, contrários e ausências registradas.
Votaram a favor da ampliação das vagas os deputados Adail Filho (Republicanos), Átila Lins (PSD) e Pauderney Avelino (União Brasil). Já Alberto Neto (PL) e Sidney Leite (PSD) se posicionaram contra a medida.
O deputado federal Amom Mandel disse que não participou da votação do Projeto de Lei Complementar que trata do aumento do número de deputados federais devido a um “compromisso inadiável” previamente agendado, que coincidiu com o horário da deliberação no plenário.
Mandel também reiterou seu posicionamento público sobre o tema, afirmando que a discussão sobre o aumento do número de deputados federais precisa ir além de interesses regionais isolados e considerar o impacto no conjunto do país. O deputado disse, ainda, que acha “justo” que o Amazonas tenha uma representação mais robusta — especialmente para defender a Zona Franca de Manaus, vital para economia e para a preservação da floresta, porém, diz acreditar que a correção não pode vir às custas do contribuinte.
“Defendo uma redistribuição inteligente das cadeiras existentes, com base em critérios populacionais atualizados, sem criar novas vagas na Câmara. Isso fortalece a representatividade do Amazonas e, ao mesmo tempo, preserva a responsabilidade fiscal. Aumentar a eficiência sem aumentar o custo é o que a população espera de nós. Se queremos fortalecer a democracia, precisamos mostrar que é possível fazer mais — e melhor — com o que já temos.”
Os deputados Silas Câmara (Republicanos) e Fausto Júnior (União Brasil) não estavam presentes na sessão. Silas Câmara, por meio de sua assessoria, foi o único além de Mandel a responder à reportagem, justificando sua ausência por licença médica.
A proposta que amplia o número de deputados federais segue gerando debates intensos no Congresso e na sociedade, com críticas principalmente quanto ao impacto fiscal. No Amazonas, a divisão da bancada evidencia diferentes leituras sobre como garantir mais representatividade sem onerar ainda mais os cofres públicos.